
Pelo que se sabe a fazenda Pinheiro Velho, localizada no bairro dos Motas, em Guaratinguetá-SP, tem origem na segunda metade do século XIX, quando possivelmente foi construída pelo Alferes Antônio de Paula e Silva, comerciante, tropeiro e plantador de café originário de Minas Gerais, ali estabelecido com a esposa, de família da vila de Cunha (família Pires Querido, moradora desde o século XVIII naquela localidade).
Na fazenda, segundo o recenseamento das ordenanças, o proprietário cultivava cana-de-áçucar, que exportava para a Corte do Rio de Janeiro e fabricava aguardente negociada na vila e em Paratí. E era entreposto de tropas que vinham da vila de Cunha, com que mantinha intenso comércio graças ao relacionamento familiar.
O casal teve, entre outros, a filha Isabel Perpétua de Marins, casada com o português Domingos Rodrigues Alves, pais do Conselheiro Rodrigues Alves e de seus irmãos, fazendeiros e políticos no município e em outras áreas do Estado de São Paulo.
Domingos Rodrigues Alves, com a ajuda sogro, adquiriu, também, terras próximas da família da sua consorte, passando a ser agricultor e depois comerciante estabelecido no centro da cidade.
Com a morte do Alferes Antônio de Paula e Silva e de sua esposa, como era o costume jurídico da época, a fazenda foi dividida entre os herdeiros, cabendo uma parte a Domingos Rodrigues Alves e ao Coronel José Antônio de Paula e Silva, ficando na família até o inicio do século XX, quando foi adquirida por outros proprietários.
Sua sede, de grande pujança, infelizmente não existe mais.
Joaquim Roberto Fagundes
Foto: Álbum Comemorativo do Centenário de Nascimento do Conselheiro Rodrigues Alves. Acervo do Museu Histórico e Pedagógico Conselheiro Rodrigues Alves, Guaratinguetá-SP
Ótima idéia, Sr. Joaquom Roberto Fagundes , será que o Sr. tem mais informações a respeito do avô do conselheiro, o Alferes Antonio de Paula e Silva, origens e paradeiro dos filhos?
ResponderExcluirAtenciosamente.
Juliani
Fico feliz em ver nossa história sendo levada adiante por meios independentes.
ResponderExcluirAcho que a história da nossa cidade, por ser vasta de informações, deveria ser melhor abordada para em questão com a juventude, a mocidade, para podermos sentir orgulho e vontade de conhecer mais e melhor; Tenho tido contato com inumeras pessoas, que são historiadores e conhecedores da nossa historia e fiquei deslumbrado com o amplo acervo de histórias e estórias que nos cercam.
Termino aqui com meus agradecimentos aos Historiadores que não deixam a história morrer no tempo, quem sabe um dia serei um!
GABRIEL MAXIMO -Fotógrafo- Guaratinguetaense
Na casa da minha tia avó tem um quadro enorme desta foto, onde ela orgulhosamente mostra a todos onde ela estava na foto. Que bom vendo a historia de minha família ficando gravada na historia.
ResponderExcluirMinha vó nasceu nesta Fazenda fico feliz e ver nossa história dando continuidade
ResponderExcluirEla nasceu e viveu até ser vendida onde teve q ir para cidade
Incrível morei nesse local com meus avós e não imaginava tudo isso de lá.
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