domingo, 30 de maio de 2010

Conselheiro Presidente Rodrigues Alves


Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu em Guaratinguetá, a 7 de julho de 1848, na fazenda Pinheiro Velho, no bairro do Machadinho, filho do comerciante Domingos Rodrigues Alves, e de sua esposa, Isabel Perpétua de Marins.
Fez seus primeiros estudos na casa paterna, e aos onze anos, pela excelente situação financeira do pai – que era proprietário de loja, terras e fazendas - foi para o Rio de Janeiro, estudar no colégio Pedro II, onde obteve o bacharelado em Letras.
Em 1870, formou-se advogado, pela Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, e ao retornar, por influência de homens públicos, como o Coronel Pires Barbosa e o Visconde de Guaratinguetá (chefe do Partido Conservador, Comandante da Guarda Nacional, avô de sua esposa, Ana Guilhermina de Oliveira Borges) exerceu os cargos de vereador, promotor, juiz municipal e de órfãos.
Em 1875, foi eleito Deputado Provincial (Estadual), onde defendeu a necessidade da introdução de mão-de-obra imigrante na lavoura paulista, e fez aprovar um projeto seu que instituía o ensino primário obrigatório na Província de São Paulo.
Em 1878, elegeu-se Deputado Geral (Federal), e, em 1888, foi designado Presidente da Província de São Paulo, cargo que exerceu com grande eficácia, o que lhe rendeu o título honorífico de Conselheiro do Império, dado pela Monarca Regente, a Princesa Isabel.
Com o advento da República, foi eleito, em 1891, Deputado Constituinte, e ainda foi Ministro da Fazenda, dos presidentes Floriano e Prudente de Morais, e Senador.
Em 1900, como Presidente do Estado de São Paulo, criou as Escolas Normais, a Escola de Medicina de São Paulo, e iniciou a Campanha Sanitária em São Paulo.
Como Presidente da República, eleito em 1902, defendeu e empreendeu, com grande energia, um plano de modernização do país, com o intuito de inseri-lo no cenário econômico internacional. Conseguiu extinguir a febre amarela e urbanizou a Capital Federal; reformou portos, criou estradas de ferro, e conseguiu a ampliação do território nacional.
Em 1912, após breve período de afastamento, assumiu, novamente, a Presidência de São Paulo, realizando grandes obras.
Em 1916, se fez Senador, e em 1919, foi eleito, pela segunda vez, para a Presidência da República, vindo a falecer em 16 de janeiro do mesmo ano, sem tomar posse do cargo.
Pelo trabalho e pela carreira política brilhante, serve como exemplo de conduta e moral para a política do nosso tempo.


Joaquim Roberto Fagundes
Pesquisador do Museu Rodrigues Alves

Um comentário:

  1. Deixo aqui uma ressalva, com toda educação e respeito aos homens públicos de Guaratinguetá, pois o local de nascimento do Conselheiro, a "fazenda Pinheiro Velho, no bairro do Machadinho", onde já existiu um marco, placa sinalizando, está abandonado, as placas foram furtadas e qualquer referência a tão importante local, perde-se em meio ao mato.
    Penso que o local merece um marco, uma sinalização à altura do que representou o Presidente.
    Tonho França

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